quarta-feira, 13 de abril de 2011

Papo Garota: Como não sofrer com o Bullying?

Você já deve ter visto um amigo virando a piada da turma e, sem perceber, deu risada da situação. Achar graça da piada de alguém faz essa pessoa ganhar fama de engraçado, certo? O problema é quando o alvo da piada não gosta nadinha dessa situação e, por timidez ou medo, fica isolado e quieto. Nesse caso, a brincadeira perde a graça e a piada vira bullying. E você, que deu risada, acaba se transformando em plateia de algo muito desnecessário.

Valentão sem noção


O bullying, que vem do termo inglês bully e significa brigão, é sempre praticado por alguém que precisa se mostrar forte pra todo mundo. Só que, na cabeça desse garoto ou dessa menina, o jeito mais fácil de parecer superior é humilhando e ofendendo os mais tímidos e que não têm coragem de revidar os ataques.

Tem como evitar? Se você é super na sua e jamais teria coragem de revidar o bullying, procure não se isolar no colégio. Existe sempre uma galera que tem mais a ver com você e que a curte do jeitinho que é. Fique perto deles.

Tem como acabar com isso? Por mais que você sinta vergonha e medo de reclamar, o seu silêncio só piora a situação. Fale com seus pais, com um professor ou mesmo com o diretor. Coloque na sua cabeça que ninguém no mundo tem o direito de a pôr pra baixo. O ato de sofrer bullying pode piorar seu desempenho nos estudos e deixar a vida meio cinza. Pense bem.


Saia da plateia


É mais fácil rir quando você vê alguém chamando uma colega de um apelido muito feio do que tomar partido e defendê-la, não é? Mas pare pra pensar: e se você estivesse no lugar dessa amiga que vive de cabeça baixa? Por isso, vale a pena olhar feio pra a valentona que pratica o esporte de humilhar quem é mais quietinha.

Quando o bullying é praticado por uma amiga sua: provavelmente sua turma toda percebe que o que essa garota faz é errado. Então, que tal criar coragem e dar um toque nela? Diga que pôr os outros pra baixo não é nem nunca vai ser algo bacana. E não tenha medo. “Tornar-se cúmplice fortalece o agressor”, explica a psicóloga Maria Tereza Maldonado.

Quando o bullying é praticado contra uma amiga sua: incentive a garota a procurar ajuda de algum responsável (tanto no colégio quanto em casa). Se você ver que ela tem vergonha de fazer isso, converse você mesma com um professor, o que não pode é deixar pra lá. “É desse silêncio que se valem os agressores, por isso, nada de ficar quietinha”, aconselha a psicóloga Maria Irene Maluf.
 

O problema de virar o jogo


Em alguns casos, depois de superar a zoação e supostamente dar a volta por cima no bullying, é comum a agredida tentar se fortalecer “brincando” com alguém que tenha o mesmo perfil que ela: quietinha e megatímida. Mas fazer isso é a maior prova de que o problema ainda não foi superado. Fazer um exame de consciência é sempre a melhor maneira de lidar com esse assunto. Descontar sua mágoa nos outros nunca vai resolver nada.

As diferenças...


Bullying de menina: elas preferem espalhar fofocas do mal e isolar a vítima da turma.
Bullying de menino: eles são mais explícitos e podem até partir para a agressão física.

Cyber-crime


Ter seu Orkut, Facebook, Twitter e cia. zoados não é nenhuma novidade hoje em dia. Afinal, a pessoa sem noção que faz isso acredita que nunca vai ser descoberta. Aí é que mora o engano... O que muita gente “valentona” não sabe é que dá, sim, pra descobrir quem fez a agressão rastreando o computador. “A vítima pode imprimir o material ofensivo e denunciar o agressor nas delegacias especializadas em crimes de informática. Um perito pode perfeitamente descobrir a identidade do agressor, mesmo que ele se disfarce com um contato falso”, explica Maria Tereza Maldonado.

Pra evitar o cyber-bullying...


- Não aceite amigos dos quais você nunca ouviu falar em nenhum site de relacionamento e bloqueie suas fotos no Orkut, assim só quem é seu amigo terá acesso a elas, ok?
- Use a webcam só com seus BFFs.
- Evite postar fotos suas de biquíni, principalmente se estiver sozinha. Esse tipo de foto é um prato cheio para que os desocupados de plantão façam montagens.
- Quando usar um computador que não é seu, não deixe nenhuma senha registrada.

Fonte: Revista todateen
 
Texto e entrevistas: Mariana Scherma
Consultorias: Maria Tereza Maldonado, mestre em psicologia clínica e autora de A Face Oculta - Uma história de bullying e cyberbullying (Ed. Saraiva) e Maria Irene Maluf, psicóloga especialista em psicopedagogia
 
 

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